Introdução
Essa abertura à articulação com diferentes espaços potencializa a gestão escolar e provoca mudanças substanciais no interior da instituição, no qual o ensino, a aprendizagem e a gestão participativa podem se desenvolver em um processo colaborativo com os setores internos e externos da comunidade escolar. (ALMEIDA,2004 p.1).
Aprofundando esta reflexão, Almeida e Rubim (2004) apud Vosgerau e Ogawa (2014), garantem que oferecer subsídios de formação pedagógica que atendam uma sociedade, que tem na tecnologia a sua base de sustentação e de evolução, convoca os gestores escolares a repensar sua formação e atuação profissional.
Sendo assim, parece ser inevitável, que esses profissionais se qualifiquem, apoderando - se das tecnologias como ferramentas que possam potencializar os processos formativos, ressignificando o modo como se constituem o ambiente de ensino e aprendizagem, através da conscientização das contribuições que a tecnologia pode trazer na educação.
Advindo deste contexto, a problematização deste estudo desenvolve-se a partir da seguinte questão geradora: Com a inclusão das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no âmbito educacional, qual o papel dos gestores a partir deste cenário?
Sendo assim, parece ser inevitável, que esses profissionais se qualifiquem, apoderando - se das tecnologias como ferramentas que possam potencializar os processos formativos, ressignificando o modo como se constituem o ambiente de ensino e aprendizagem, através da conscientização das contribuições que a tecnologia pode trazer na educação.
Advindo deste contexto, a problematização deste estudo desenvolve-se a partir da seguinte questão geradora: Com a inclusão das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no âmbito educacional, qual o papel dos gestores a partir deste cenário?
Visando responder essa inquietação inicial, a pesquisa dispôs dos seguintes objetivos:
Objetivo geral: Discorrer sobre o papel do gestor escolar frente a inclusão das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) dentro das unidades escolares.
Objetivos específicos: a) discutir sobre a inclusão das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no âmbito escolar; b) debater através embasamento teórico sobre os saberes necessários ao gestor escolar na inclusão das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
Para este estudo, optou-se por utilizar a pesquisa bibliográfica, que se configura como o estudo do tema a partir de referenciais teóricos, já analisados e publicados. Rampazzo (2005 p.53) atesta que este tipo de pesquisa ocorre em qualquer área científica seja para: um levantamento prévio, fundamentação teórica, ou justificativa dos limites e contribuições da própria pesquisa.
Presumia-se, inicialmente, que ao discorrer sobre este tema, o maior dificultador para o desenvolvimento do estudo seria a escassez de material bibliográfico, visto que, no Brasil, as pesquisas relacionadas a gestão escolar e tecnologia são muito recentes. Esta hipótese, foi comprovada, ao longo desta pesquisa, oferecendo indícios da qual, é indispensável aprofundamento de estudos sobre este assunto no meio científico.
Desenvolvimento
De acordo com Kenski (2012 p.43) “[...] a tecnologia é essencial para educação, sendo indissociáveis”, pois ambas fazem parte do processo de desenvolvimento do ser humano, que aprende ao longo de sua vida sobre o grupo em que está inserido e claro sobre as tecnologias que estão na base da identidade desta sociedade, já que:
De acordo com Kenski (2012 p.43) “[...] a tecnologia é essencial para educação, sendo indissociáveis”, pois ambas fazem parte do processo de desenvolvimento do ser humano, que aprende ao longo de sua vida sobre o grupo em que está inserido e claro sobre as tecnologias que estão na base da identidade desta sociedade, já que:
A evolução social do homem confunde-se com as tecnologias desenvolvidas e empregadas em cada época. Diferentes períodos da história da humanidade são historicamente reconhecidos pelo avanço tecnológico correspondente. As idades da pedra p, do ferro e do outro, por exemplo, correspondem ao momento histórico – social em que foram criadas “ novas tecnologias” para o aproveitamento desses recursos da natureza, de forma a garantir melhor qualidade de vida. O avanço científico da humanidade amplia o conhecimento sobre esses recursos e cria permanentemente “ novas tecnologias”, cada vez mais sofisticadas. (KENSKI, 2012, p.21).
Abrir as portas escolares, para a inclusão tecnológica, não é fácil, pois, acredita - se como Hartmann (2007, p.55) que “[...] é preciso operar as tecnologias, preparar o novo cidadão e incluí-lo em um modelo de sociedade”, não apenas disponibilizar materiais e equipamentos, mas ter uma equipe preparada para esta tarefa parece ser fundamental.
A respeito disso, Neto (2007 p.18)
discorre sobre três visões que podem, nos auxiliar a
compreender o posicionamento dos educadores em relação a inclusão da tecnologia
no ambiente escolar.
A primeira refere-se a indiferença,
nesta relação, os docentes esperam o desenvolvimento de cursos de formação
acerca deste tema e depois posicionam-se sobre tal assunto. A segunda reporta-se a visão cética, que se
desdobra em três posicionamentos: 1º) os educadores usam as dificuldades
enfrentadas em seu cotidiano como a pobreza do sistema educacional, como muros intransponíveis para a mudança de postura pedagógica na incorporação das
tecnologias; 2º) acreditam que o professor poderá ser substituído pela máquina
e o 3º) a dificuldade de adaptação dos pais, professores e gestores escolares
por não terem vivenciado este tipo de realidade educacional. E a terceira visão
é a dos otimistas, que acreditam em modismos e presumindo que a inclusão
tecnológica se faz a partir de uma disciplina isolada, que conduz ao treinamento
descontextualizado do aluno. Desta forma, a escola assegura que os discentes
possam lidar com a tecnologia. Outro forte argumento utilizado pelos otimistas
é que, a tecnologia pode ser utilizada como incentivadora e motivadora da
curiosidade do aluno, desenvolvendo o raciocínio, oferecendo situações de
resoluções de problemas, atribuindo aos recursos tecnológicos o desenvolvimento
do processo pedagógico.
Para que essas visões minimalistas
possam esvair-se das escolas, considera-se que o papel da gestão escolar é
fundamental.
Bancovsky (2008, p.21), suscita que
“[...] gestão democrática significa acreditar que todos juntos têm chance de
encontrar caminhos para atender às expectativas da sociedade a respeito da
escola e trabalhar nessa direção”. O trabalho do gestor, neste sentido, é o de
alinhar/ articular toda a comunidade escolar assegurando o processo educativo
compartilhado.Tratando especificamente das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na educação, Almeida (2002) sustenta que elas podem contribuir para ampliar: a) o acesso a informação, b) promover a criação de comunidades de aprendizagem, c) a formação continuada, d) a gestão administrativa, pedagógica e de informações.
Na incorporação do uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na Educação, Bancovsky (2008) , garante que para que as elas sejam introduzidas no ambiente escolar é fundamental que os gestores incorporem e atribuam significado para o uso delas em seu trabalho, na sua formação continuada e na formação dos professores da escola e ao uso dessas no processo de ensino e aprendizagem. Almeida (2007) acrescenta que a preparação para uso pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) também necessita de:
Ao explorar as potencialidades das TIC no seu cotidiano, principalmente com o acesso à Internet, a escola abre-se para novas relações com o saber, vivenciando a comunicação compartilhada e a troca de informações com outros espaços do conhecimento que possuem os mesmos interesses. Essa abertura à articulação com diferentes espaços potencializa a gestão escolar e provoca mudanças substanciais no interior da instituição, no qual o ensino, a aprendizagem e a gestão participativa podem se desenvolver em um processo colaborativo com os setores internos e externos da comunidade escolar. (ALMEIDA, RUBIM, 2004, p.1)
Na incorporação do uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na Educação, Bancovsky (2008) , garante que para que as elas sejam introduzidas no ambiente escolar é fundamental que os gestores incorporem e atribuam significado para o uso delas em seu trabalho, na sua formação continuada e na formação dos professores da escola e ao uso dessas no processo de ensino e aprendizagem. Almeida (2007) acrescenta que a preparação para uso pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) também necessita de:
[...] uma proposta de formação de gestores escolares coerente com a concepção de gestão escolar democrática, que faz uso de tecnologias no fazer profissional e cria condições para incorporá-las em atividades escolares, respeita os princípios da participação, interação, colaboração e co-autoria na produção do conhecimento. (ALMEIDA, 2007, p.35).
Prata (2002) alega que a formação continuada gestores e professores é condição primordial para que possam aprender a utilizar as tecnologias, ingressando na sociedade tecnológica. Essas “ [...] experiências vivenciadas servirão de referência pessoal e política para reivindicar mais e melhor tecnologia nas escolas e, consequentemente, despertar para as suas possibilidades pedagógica”. (PRATA, 2002, p.2).
Contudo, é importante salientar que apenas as vivências não são suficientes para que o processo de inclusão tecnológica aconteça, pois:
Contudo, é importante salientar que apenas as vivências não são suficientes para que o processo de inclusão tecnológica aconteça, pois:
[...]é preciso reconhecer que toda a comunidade escolar tem um papel fundamental neste processo. Os professores na exploração das tecnologias disponíveis na escola, integrando-as às suas atividades em sala de aula, os pedagogos desempenhando seu papel para integrar e enriquecer as práticas pedagógicas e a direção na busca de formas de gerenciamento que facilitem a inserção da tecnologia no cotidiano de sua escola. É fundamental participarem, aderirem às ações de inclusão das TIC à educação, articularem e promoverem esta ideia em toda a escola e comunidade, efetivando uma intervenção técnico/pedagógica mais adequada às reais necessidades da escola (professores, alunos, comunidade). Esta intervenção deverá estar sustentada pela proposta pedagógica da escola, estabelecida através do Projeto Político Pedagógico. É importante salientar a importância da participação de toda a equipe de educadores no planejamento, na execução e na avaliação das diretrizes pedagógicas do PPP e não deverá ser encarada como ação sustentada pelo gestor escolar ou por alguns professores apenas. (PRATA, 2002, p.3).
Tratando especificamente dos gestores escolares, ressalta-se que o trabalho desses profissionais não está mais imbricado em atividades administrativas, controle de orçamentos, sanções disciplinares, coordenação de professores e pessoal administrativo o cumprimento de dias letivos, o modelo de gestão desdobrou-se “[...] num modelo administrativo integrado a questões pedagógicas, em que todas as ações devam focar a educação que se quer produzir na escola. (PRATA, 2002, p.3).
Quando refletimos sobre as possibilidades
de enriquecer o processo de gestão, algumas iniciativas precisam ser adotas
como: a) o desenvolvimento da autonomia de gestores e professores visando
melhorar a qualidade de ensino, considerando a realidade local , em que a
unidade escolar está inserida; b) incentivar o trabalho coletivo em questões
político- pedagógicas através da tomada de decisão em conjunto , tendo como
premissa a viabilização de recursos físicos
e tecnológicos pela comunidade escolar; c) incentivar a partilha de
ideias por toda a com toda a comunidade escolar, através de equipes de trabalho
planejadas, possibilitando a visão integral das atividades desenvolvidas no
âmbito escolar, cobrando responsabilidade e execução das ações planejadas. ; d)
Gerar condições de sustentabilidade , firmando parcerias , convênios , dispondo
de criatividade para superar os desafios que são inerentes ao processo
educativo.
Nobre et al (2016) suscita que as
concretizações da inserção das tecnologias só são concebidas quando toda a
comunidade escolar está envolvida, realizando ações que mobilizem mudanças. Os gestores
assumem o papel de mobilizadores deste movimento, pois acredita-se como Maria
Elisabeth de Almeida, professora da PUC de São Paulo que a inclusão digital
também é inclusão social.
Sendo assim, a inclusão tecnológica
nas unidades escolares, passa a ser uma aliada e seu estranhamento precisa ser
vencido cabendo ao gestor, lidar com esta novidade educacional através de um
debate participativo e procurando inseri-lo de forma contextualizada.
Ribeiro et al (2013) indagam em
seus estudos sobre as competências necessárias para o ensino EAD (Educação à
distância), porém uma reflexão destes estudiosos sobre a inclusão tecnológica pode
ser um norteador interessante para os gestores escolares. Para eles “ [...]
cada instituição adota um suporte principal, conforme seus objetivos,
características, filosofia e público alvo”. Isso significa que as escolhas de
recursos tecnológicos estão correlacionadas à realidade de cada instituição. Esta afirmação, imbricada nos estudos de EAD (Educação
à distância), parecem fazer sentido também quando tratamos de outros
desdobramentos de inclusão tecnológica.
Compreender como e quais recursos
em relação à tecnologia a escola se dispõe e usá-los a favor da otimização do
trabalho dentro das unidades escolares é um grande desafio para os gestores.
O papel do gestor escolar defendido seria o de motivador tendo a finalidade de concretizar, orientar e praticar ações que possam consolidar a inclusão tecnológica nas escolas entendendo a sua importância.
Além disso, a participação de toda a comunidade escolha neste processo torna-se fundamental, já que, a inclusão tecnológica demanda o planejamento e a utilização de recursos que possam ser coesos com a realidade escolar.
REFERÊNCIAS
Conclusão
Durante este estudo fica evidente que a inclusão tecnológica no âmbito educacional não é uma tarefa fácil. Ela exige um conjunto de ações que vão desde a formação de gestores e educadores escolares para que possam estar preparados para esta função até a conscientização por parte destes para efetivar este trabalho pedagógico.
Os estudos revelam que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) podem contribuir na educação em diferentes setores otimizando e auxiliando a melhoria da qualidade de ensino.
Durante este estudo fica evidente que a inclusão tecnológica no âmbito educacional não é uma tarefa fácil. Ela exige um conjunto de ações que vão desde a formação de gestores e educadores escolares para que possam estar preparados para esta função até a conscientização por parte destes para efetivar este trabalho pedagógico.
Os estudos revelam que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) podem contribuir na educação em diferentes setores otimizando e auxiliando a melhoria da qualidade de ensino.
O papel do gestor escolar defendido seria o de motivador tendo a finalidade de concretizar, orientar e praticar ações que possam consolidar a inclusão tecnológica nas escolas entendendo a sua importância.
Além disso, a participação de toda a comunidade escolha neste processo torna-se fundamental, já que, a inclusão tecnológica demanda o planejamento e a utilização de recursos que possam ser coesos com a realidade escolar.
Enfim, o gestor escolar
precisa ter consciência de que a inclusão tecnológica é um esforço de todos os
envolvidos (gestores, professores e comunidade) e que suas ações podem
impulsionar e estabelecer um novo olhares para estas ferramentas no sentido de
transpor modelos educacionais já consolidados.
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contrução de redes colaborativas. In: ALONSO, M.; ALMEIDA, M.E.B ( Org) . Formação de Gestores Escolares para utilização de tecnologias de Informação e
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na incorporação das TIC na escola: experiências em construção e redes
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https://goo.gl/kXsWDl. Acesso em: 15 maio. 2017.
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nas tramas da escola. Canoas: Ulbra,2007.
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contemporânea e desafios ao professor. In: JOLY, M.C.R.A (Org). A tecnologia no ensino: implicações para a
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https://eventos.set.edu.br/index.php/enfope/article/view/2448
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Disponível em: < https://goo.gl/ndQmiJ>
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conhecimento e prática docente.1 ed. São Paulo: FTD, 2014.
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